Os protagonistas não têm sido protegidos. Não é de agora, mas com a pandemia ficou ainda mais evidente que os jogadores precisam de ser protegidos para que estejam a 100% no espetáculo que é o jogo de futebol.
Com as várias competições nacionais, internacionais e paragem para seleções o tempo de recuperação e preparação para os jogos é cada vez menor! Esta situação não é caso único em Portugal, um pouco por toda a Europa vários treinadores têm chamado à atenção para esta situação.
Por exemplo o Liverpool tem lesionados alguns dos seus titulares, como Thiago Alcântara, Alex-Arnold, Gomez, Keita e Van Djik. Do jogo de Champions League para a Premier League teve nada mais nada menos que 63 horas entre cada jogo. Quando o tempo mínimo são 72 horas (que já não é, nem de perto suficiente).
O FC Porto jogou com 68 horas de intervalo onde ainda teve de fazer uma viagem de Marselha até ao Porto (onde chegou às 4 da manhã), treinou no dia seguinte e teve novamente de fazer mais uma viagem de avião até aos Açores para defrontar o Santa Clara.
Mas não acaba aqui, Manchester City, Ajax, Borussia Monchengladbach, Atlético Madrid, Bayern, Inter de Milão, Real Madrid, Atalanta, Marselha, Bayer Leverkusen, Real Sociedad, Villarreal, Granada, Lyon, Lille, Nice, Tottenham, Arsenal, Nápoles, Roma, Milan, Braga! Estes são apenas alguns clubes que jogaram esta semana dois jogos com uma diferença de menos de 72 horas entre cada um. E tudo isto por estarem a representar o seu país nas competições europeias…
É preciso sensibilidade na hora de tomar as decisões. Porque por muito que se queira, os jogadores não são máquinas e por muito que se não queira, futebol não é, nem pode ser só negócio.
The Show Must Go On, mas com os protagonistas a serem protegidos.
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